O projeto Donna Floresta (2021-2041) marcou presença na COP 26, no Pavilhão do Brasil stand “iniciativa verde” com a apresentação da proposta de facilitar conhecimento para o plantio de 100 milhões de hectares de árvores nativas até 2041. O projeto do Instituto Tecnologia Cultural-ITC é um experimento de tecnologia social que propõe a copilação de conhecimentos para um ‘passo a passo’ de reflorestamento de áreas degradadas. O resultado da pesquisa do ITC será divulgado em aplicativo grátis para ser replicado por produtores rurais no Brasil e no mundo.
Outras propostas “verdes” apresentadas no mesmo stand da COP 26 são o ABC – Agricultura de Baixo Carbono e o Floresta Mais, ambos em edições renovadas. Tais programas governamentais prometem investir 33 bilhões de reais em projetos de tecnologia de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Segundo o atual ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite a meta apresentada pelo Brasil na COP 26 é “zerar o desmatamento ilegal” até 2031. O ministro ainda participou, com chefes de estado de 200 países, da reunião para o acordo que tenta garantir a meta de limitar a 1,5ºC o aquecimento da Terra até 2100.
Países como o México e a Rússia também apresentaram planos climáticos que não são menos ambiciosos que o do ministro brasileiro. Enquanto a Índia, que desempenha um papel crucial como o terceiro maior emissor do mundo e ultrapassará os Estados Unidos em emissões no ano de 2040, não mostrou nenhum planejamento de transição em seus sistemas de energia. Aliás Índia, China e EUA, países que são os maiores poluentes do mundo, não apresentaram proposta alguma para reduzir as suas emissões.
A maior dificuldade da COP 26 foi encontrar um consenso, entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, sobre estratégias de ação para proteção ambiental. Isso porque a realidade de países diferentes pressupõe ações diferentes. Enquanto os países em desenvolvimento ainda necessitam explorar produtos primários para geração de economia e renda, muitas vezes utilizando combustíveis fósseis; os países desenvolvidos se norteiam mais sobre ações de diminuição da produção de resíduos não recicláveis e na transição para a produção de energia limpa, por exemplo.